quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Poder e as Mulheres Indígenas

Prezadas Irmãs Indígenas.
Vejam como é importante falar, escrever, salientar e também ouvir.
Nossa tradição indígena é a oralidade e não a formalidade, mas agora as Mulheres Indígenas vem acendendo postos com qualidade intelectual, educacional e sem deixar de lado o emocional e o tradicional. Mais uma lição dos Povos Indígenas.
Por isso lancei aquela idéia de termos uma Presidenta na FUNAI, assim como sempre apoiei as Mulheres como respeito a tradição dos meus pais e avós, e uma das primeiras guerreiras que tive ao meu lado ao lançar o movimento indigena no inicio dos anos 80, foi a Sra. Kitéria Pankararu, hoje vivendo no campo eterno.
Hoje em dia existe uma gama de Mulheres Indígenas, jovens e senhoras, em vários níveis de atuação, mas eu observo e sempre cobro, sem acesso ao poder das politicas públicas e isso tem que mudar. São de várias etnias e que estão estudando ou já com formação universitária em vários cursos. Poderia citar uma variedade de Mulheres Indígenas que já caminharam com a gente em vários cenários, inclusive no exterior.
Conheço e valorizo muitas, e como em todo lugar, umas se destacam mais que outras, mas se a gente esquece de citar alguma é porque fica difícil lembrar ou conhecer a todas, sem qualquer intenção de discriminar ou excluir.
Nós que atuamos e demos inicio com 15 jovens indigenas, todos homens, sempre ficamos emocionados ao ver uma formanda, uma mestranda e até doutoranda pegando seu diploma.
No fundo do meu coração, penso que pessoalmente contribui para isso no passado. Agora é ir em frente!
Em todos os eventos que promovemos ou participamos, sempre exigimos a presença da Mulher Indígena com voz tradicional, força de espirito e ícone de um novo tempo.
Se não participamos de algum evento de formatura não é porque não estamos prestigiando, mas porque o convite não chegou ou porque faltou grana pra estar presente.

Viva as Irmãs Indígenas.
Viva as doutoras indígenas.


Fonte: Marcos Terena, by e-mail

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