sábado, 25 de fevereiro de 2012

COPAI - Relatório Anual 2011

COMISSÃO PERMANENTE DE ASSUNTOS INDIGENAS DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, SECCIONAL DE MS








RELATÓRIO ANUAL DE 2011








1-PRIMEIRA REUNIÃO DO ANO NA COMISSÃO ESPECIAL DE ASSUNTOS INDIGENAS DA OAB/MS, dia 28de janeiro às 17:00h, com a honrosa presença do Presidente do Conselho Municipal dos Direitos e Defesa dos Povos Indígenas de MS, ELCIO DA SILVA JÚLIO, conhecido como ELCIO TERENA, que muito contribuiu para as discussão e expectativas de realizações para os direitos humanos dos povos indígenas.Estamos permanecendo nesta parceria de trabalho que vem rendendo frutos para ambas as entidades.







2-DIA 28 DE JANEIRO: ENCONTRO NA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE , no mês de janeiro às 13:30h, para tratar sobre a saúde dos povos indígenas e a gestão do SUS, que trata os povos indígenas como segurados especiais, realizado na sede da SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPO GRANDE,com o Secretário Leandro Mazina Martins em reunião agendada pelo Presidente do Conselho Municipal dos Direitos e Defesa dos Povos Indígenas, Elcio Terena, lideranças indígenas de todo o Estado, e os membros da COPAI, Presidente Samia Roges Jordy Barbieri, Vice-Presidente Wilson Capistrano e a nossa colaboradora Arlete Povh, no dia 28 de janeiro de 2011.


O tema tratado também foi sobre a alteração da FUNASA para A SESAI, como seria a transição e a assistência aos  povos indígenas.


Matéria veiculada :Fonte OAB/MS:


“CEAI se reúne com secretário municipal de Saúde Pública04 de fevereiro de 2011 • 07h24 • atualizado às 16h34 • 263 visualizações


A Comissão Especial dos Assuntos Indígenas (CEAI) da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) se reuniu na última sexta-feira (28) com o secretário municipal de Saúde Pública, Leandro Mazina Martins. Entre os assuntos tratados estava a alteração da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), que entrará em vigor a partir do dia 19 de abril de 2011.


A nova Secretaria foi aprovada no dia 3 de agosto de 2010 e regulamentada pelos Decretos 7.335 e 7.336, assinados pelo Presidente Lula. Com a mudança, o saneamento básico e ambiental, assim como a preservação de fontes de água limpa, construção de poços ou captação à distância nas comunidades sem água potável, construção de sistema de saneamento, destinação final ao lixo e controle de poluição de nascentes passam a ser atribuições da Sesai.


Além disso, no que se refere a atenção integral à saúde prestada pelas Equipes Multidisciplinares de Saúde indígena (médicos, enfermeiros, odontólogos, medicamentos, nutricionistas, agentes indígenas de saúde, psicólogos, assistentes sociais) a partir de agora são de responsabilidade da nova Secretaria.


Já a Funasa continua com a responsabilidade de formular e implementar ações de promoção e proteção à saúde estabelecidas pelo Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental bem como as de saneamento em municípios de até 50 mil habitantes, ou seja 74 dos 78 municípios de Mato Grosso do Sul, além de realizar atividades de saneamento em áreas rurais, assentamentos e comunidades remanescentes de quilombos.


Representando a OAB/MS estavam a presidente e o vice-presidente da CEAI, Samia Roges Jordy Barbieri e Wilson Capistrano, respectivamente, e a advogada e membro da Comissão Arlete Povh. Estiveram presentes também representantes da Funasa, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), do Conselho Municipal Indígena de Campo Grande e da Fundação Nacional do Índio (Funai).”










2-DIA 21 de fevereiro: REUNIÃO na Câmara Municipal de Campo Grande, no gabinete do Vereador Athayde Nery, às 17:00h, para tratar sobre a saúde e educação indígenas.


Estiveram presentes o Presidente do CMDDI, Elcio Terena,o Coordenador da FUNAI Edson Fagundes, e da FUNASA Sr Teixeira, juntamente com a CEAI, Presidente Samia Roges Jordy Barbieri, Vice-presidente Wilson Capistrano e colaboradora Arlete Povh.







3-No dia 25 de fevereiro na Sessão do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de MS, foi declarada à unanimidade, a alteração da denominação de COMISSÃO ESPECIAL DE ASSUNTOS INDIGENAS DA OAB/MS, para COMISSÃO PERMANENTE DE ASSUNTOS INDÍGENAS DA OAB/MS.


Isso representa a continuação da luta em prol dos direitos humanos dos povos indígenas do Estado de Mato Grosso do Sul, enquanto existir a OAB/MS, porque a luta pelo reconhecimento dos direitos da terra e da cultura ainda demandam muita determinação e luta, por parte dos valorosos advogados imbuídos da causa do Direito Indígena, e de igualdade em nosso Estado.





4-DIA 26 de fevereiro,às 8:30h encontro e debate sobre “direitos trabalhistas” relacionados aos povos indígenas, promovido pelo TRT da 24ª Região na pessoa do Vice-presidente Francisco das Chagas Lima Filho, realizado na Escola Municipal Sullivan Silvestre, com a presença da CEAI, na pessoa da colaboradora Arlete Povh, Ricardo Rao, Mario Morandi, Adriana Rocha, Presidente do CMDDI, Elcio Terena, vereador Athayde Nery, Kátia Vietta, Nito Nelson, Silvana Terena, Cláudia, assistente do Vice-presidente do TRT, cacique Enir, e a Coordenadora da Escola Lucimar, entre outros.




5-Dia 28 de março, participação na audiência pública realizada na Câmara Municipal para debater a criação de escola indígena em Campo Grande, atendendo o que prescreve a Convenção nº 169 da OIT, a Constituição Federal de 1988, a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, declarada pela ONU, em 2007, e também pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. que prescreve a educação diferenciada e bilíngüe para os povos indígenas.E ainda, o apoio à formação universitária, com condições de manutenção das cotas e garantias de permanência no ensino superior.


A audiência foi pedida pelo CMDDI e participaram a presidente da CEAI, Samia Roges Jordy Barbieri, a colaboradora Arlete Povh e Ricardo Rao, Conselho Estadual de Direitos Indígenas, FUNAI, Ministério Publico Federal e Estadual, acadêmicos, professores, mestres, doutores e lideranças indígenas.









6-Comemoração ao Dia do Índio, realizada pela Câmara Municipal de Campo Grande-MS


Foram premiados os ilustres advogados Arlete Povh, Marcus Ruiz, Samia Roges Jordy Barbieri





















Na oportunidade, foi dada a palavra a Presidente da COPAI/OAB/MS Samia Roges Jordy Barbieri, para representar os homenageados pelo Dia do Índio, com o premio Domingos Veríssimo Marcos, representado pela obra Conceição dos Bugres, que representa a cultura do Estado de MS para o Dia do Índio.


O discurso foi publicado no site da Câmara Municipal, feito pela Assessoria de Imprensa, transcrito abaixo:


“Durante a solenidade em comemoração ao Dia do Índio, realizada na manhã de hoje (20), na Câmara Municipal, a presidente da Comissão Permanente de Assessoria Indígena da OAB-MS, Samia Roges Jordy, discursou destacando a importância de uma política indigenista aliada ao desenvolvimento do Estado, para preservar a cultura e a tradição dos povos indígenas.


Em seu pronunciamento, Samia Jordy revelou que no ano de 1.500, na época do descobrimento do Brasil, haviam no País cerca de 5 milhões de índios, com mais de 1.300 línguas. “Atualmente temos apenas 358 mil índios, com 215 etnias e 180 línguas. São nossos bravos resistentes. O reconhecimento do direito indígena é um reconhecimento à própria diferença. Temos que nos colocar no lugar do outro. Não queremos produzir o ódio étnico, não somos contra os fazendeiros. Porque não fazer uma parceria entre esses dois lados, produzindo um selo verde em parceria com os índios que sabem usar a terra”, afirmou a presidente da Comissão.


Sobre o impasse entre fazendeiros e índios, a advogada disse ainda que “os interesses são diferentes, mas não são conflitantes. O Estado do Mato Grosso tem mais terras indígenas demarcadas e produzem mais que o Mato Grosso do Sul. Não somos contra o desenvolvimento, queremos o diálogo, mas não o dialogo do mais forte. Quero deixar para o meu filho um Estado desenvolvimentista, mas com sua história e tradição preservada”, alegou Samia Jordy.


Paulline Carrilho


Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal”






































































































































7-II SEMANA DO INDIO na OAB/MS


A COPAI/OAB/MS entendeu por bem, em reunião, tratar da questão dos indígenas guaranis de MS, por saber da importância e da saga dos guaranis, na imponente e marcante figura de Marçal de Souza, que se transforma num ícone de luta e batalha pelo reconhecimento do Direito Indígena, pela demarcação de suas terras e pelo reconhecimento da cultura como formadora do Estado Brasileiro.


Marçal de Souza falou sobre a luta dos guarani dentro e fora do Brasil e foi o eleito para discursar para o Papa João Paulo II, em discurso memorável, que transcrevemos em sua homenagem, pois a situação de morte e assassinatos continua com a mesma impunidade, e não podemos deixar de lembrar as palavras de Marçal de Souza, homenageado pela COPAI, na II Semana do Índio na OAB/MS.


Discurso feito por Marçal de Souza, Tupã-i, ao Papa João Paulo II, no ano de 1980, em Manaus.





“Nossas terras são invadidas, nossas terras são tomadas,


os nossos territórios são diminuídos, (e) não temos mais


condições de sobrevivência.


Queremos dizer a Vossa Santidade a nossa miséria, a nossa


tristeza pela moret de nossos líderes assassinados friamente


por aqueles que tomam nosso chão, aquilo que para nós representa


a própria vida e nossa sobrevivência neste grande Brasil, chamado


um país cristão.





Santo Padre, nós depositamos uma grande esperança na sua visita


ao nosso país. Leve o nosso clamor, a nossa voz para outros


territórios que não são nossos, mas que o povo nos escute,


uma população mais humana lute por nós, porque o nosso


povo, nossa nação indígena está desaparecendo do Brasil”












No dia 27 de abril, foi divulgado um filme que bem define a situação atual dos povos indígenas, que pode ser visto neste link:







Notas sobre o filme
“À Sombra de um Delírio Verde” (The Dark Side of Green) é uma produção independente realizada sem recursos públicos, de empresas ou do terceiro setor. Trabalharam de forma associada a repórter televisiva belga An Baccaert, o jornalista Cristiano Navarro e o repórter cinematográfico argentino Nicolas Muñoz.
O filme começou a ser rodado nas aldeias da região sul do Mato Grosso do Sul, em abril de 2008, e contou com apoio logístico da Associação de Professores Guarani Kaiowá, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Foodfirst Information & Action Network (Fian international). Sua finalização, feita de maneira “quase artesanal”, foi concluído em janeiro de 2011. A maior parte das informações apuradas nas comunidades, com órgãos públicos e com associações de produtores rurais fazem parte dos trabalhos de investigação que Navarro desenvolve desde 2002 junto ao Cimi”





A repercussão da II SEMANA do INDIO foi enorme, com publicação e reprodução do temário e conteúdo em toda a imprensa nacional e internacional, como podemos verificar do clipping de notícias veiculado pela OAB/MS  e entregue à Presidente da COPAI.


No ínicio da II SEMANA do INDIO, foi lida a carta do povo guarani-kaiowá, que foi lida pelo Dr Marcus Ruiz, Secretário-Geral da COPAI;


“Presidente Dilma,  a questão das nossas terras já era para ter sido resolvido há décadas. Mas todos os governos lavaram as mãos e foram deixando a situação se agravar”. O texto integra a carta do Povo Kaiowá e Guarani enviada à Presidenta Dilma Rousseff.




Que bom que a senhora assumiu a presidência do Brasil. É a primeira mãe que assume essa responsabilidade e poder. Mas nós Guarani Kaiowá queremos lembrar que para nós a primeira mãe é a mãe terra, da qual fazemos parte e que nos sustentou há milhares de anos. Presidenta Dilma, roubaram nossa mãe. A maltrataram, sangraram suas veias, rasgaram sua pele, quebraram seus ossos... rios, peixes, arvores, animais e aves... Tudo foi sacrificado em nome do que chamam de progresso.  Para nós isso é destruição, é matança, é crueldade. Sem nossa mãe terra sagrada, nós também estamos morrendo aos poucos. Por isso estamos fazendo esse apelo no começo de seu governo. Devolvam  nossas condições de vida que são nossos tekohá, nossos terras tradicionais. Não estamos pedindo nada demais, apenas os nossos direitos que estão nas leis do Brasil e internacionais.





No final do ano passado nossa organização Aty Guasu recebeu um premio. Um premio de reconhecimento de nossa luta.  Agora, estamos repassando esse premio para as comunidades do nosso povo.  Esperamos que não seja um premio de consolação,  com o sabor amargo de uma cesta básica, sem a qual hoje não conseguimos sobreviver. O Premio de Direitos Humanos para nós significa uma força para continuarmos nossa luta, especialmente na reconquista de nossas terras. Vamos carregar a estatueta para todas as comunidades, para os acampamentos, para os confinamentos, para os refúgios, para as retomadas... Vamos fazer dela o símbolo de nossa luta e de nossos direitos.





Presidente Dilma,  a questão das nossas terras já era para ter sido resolvido há décadas. Mas todos os governos lavaram as mãos e foram deixando a situação se agravar. Por último o ex-presidente Lula, prometeu, se comprometeu, mas não resolveu. Reconheceu que ficou com essa dívida para com nosso povo Guarani Kaiowá e passou a solução para suas mãos. E nós não podemos mais esperar. Não nos deixe sofrer e ficar chorando nossos mortos quase todos os dias. Não deixe que nossos filhos continuem enchendo as cadeias ou se suicidem por falta de esperança de futuro.  Precisamos nossas terras para começar a resolver a situação que é tão grave que a procuradora Deborah Duprat, considerou que Dourados talvez seja a situação mais grave de uma comunidade indígena no mundo.





Sem as nossas terras sagradas estamos condenados. Sem nossos tekohá, a violência vai aumentar, vamos ficar ainda mais dependentes e fracos. Será que a senhora como mãe e presidente quer que nosso povo vai morrendo à míngua?. Acreditamos que não. Por isso, lhe dirigimos esse apelo exigindo nosso direito.”


Autor: Conselho da Aty Guasu Kaiowá Guarani


ALGUMAS IMAGENS DA II SEMANA DO INDIO NA OAB/MS:





























































Fonte: OAB/MS


O encerramento da II Semana do Índio da OAB/MS será realizado nesta quinta-feira (28/4) com palestras e atrações culturais. Às 18h30, terá a apresentação da peça de teatro “TEKOHA - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno”, inspirada em Marçal de Souza, encenada pelo Teatro Imaginário Maracangalha e dirigida por Fernando Cruz.


Em seguida, o tema “O Direito Indígena e os povos indígenas : uma visão do futuro” será apresentado pelos convidados indígenas Marcos Terena e Ailton Krenak. Às 22 horas, terá a “Noite Cultural”com artesanato, música e comida guarani. O encerramento acontece com a Leitura da Carta da II Semana do Índio na OAB/MS.


Para a presidente da Comissão Permanente de Assuntos Indígenas (Copai) da OAB/MS, Samia Roges, as discussões realizadas durante a Semana do Índio estão sendo importantes para a conscientização da sociedade sul-mato-grossense. “Está sendo um evento bastante diversificado. Percebemos a participação de várias autoridades, deputados, vereadores, procuradores, todos interessados na questão indígena”, ressaltou.


Trabalho indígena – Na última quarta-feira (27/4), o trabalho indígena foi tema das discussões da Semana do Índio, após a exibição do documentário “A sombra de um delírio verde”. O vídeo, produzido pelo jornalista Cristiano Navarro de São Paulo, mostra as condições de trabalho a que são submetidos os indígenas do Estado nas usinas de açúcar e álcool.


O assunto foi debatido com a presença da presidente da Copai, Samia Roges Jordy Barbieri, e dos convidados Francisco das Chagas Lima Filho, desembargador Federal do TRT da 24ª Região, e Paulo Douglas Almeida de Moraes, procurador do Trabalho da 24ª Região, Otoniel Ricardo, indígena e vereador de Caarapó, a cacique Enir Bezerra, Marcos Terena e a advogada Tatiana Ujacow.


Samia Roges destacou que a exibição do documentário foi fundamental para mostrar a importância de se discutir o trabalho indígena em Mato Grosso do Sul. “As imagens mostraram a desigualdade, as dificuldades enfrentadas pelos índios”.


De acordo com a presidente da Copai, o procurador do Trabalho, Paulo Douglas, já encontrou com ações civis públicas e informou que há possibilidade de qualificação dos índios. “A produção sucro-alcooleira será mecanizada e com isso, é preciso qualificar os índios e, desta forma, regularizar a situação deles. Para isso, será necessário também a participação das federações e setores ligados a indústrias”, relatou Samia Roges.





8-PARTICIPAÇÃO DA COPAI/OAB/MS no FORUM PERMANENTE DE QUESTÕES INDÍGENAS DO CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL da ONU, como observadoras e pesquisadoras do Direito Indígena: Dra Samia Roges Jordy Barbieri e Dra Tatiana Ujacow, com artigos e apresentação em reunião sobre a demarcação de terras em MS e participação do movimento contra a Usina de Belo Monte, na Missão Diplomática do Brasil na ONU, em conjunto com liderenças indígenas, Presidente da FUNAI e Embaixadora Maria Luiza Viotti, documento em anexo.




9-Participação da COPAI, na pessoa da Presidente Samia Roges Jordy Barbieri, Vice-Presidente Wilson Capistrano, Dr Mario Morandi,  e do Presidente do Conselho Municipal de Direito e Defesa Indígenas, Élcio da Silva Júlio, a convite do Conselho Nacional de Justiça, através da Corregedora Eliana Calmon, que se pronunciou sobre a demarcação de terras indígenas em MS, onde ocorrem conflitos e mortes, buscando a criação de uma política de Paz para Mato Grosso do Sul.







10-COPAI participa de audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande-MS, contra a violência e a criminalização dos povos indígenas de MS, em evento promovido pela ARPIPAN: Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal. Nesta ocasião houve uma grande comoção pública e protestos contra o coquetel molotov que atingiu o ônibus escolar, que culminou com a morte de Lourdes.


Dia 13 de julho de 2011









13.07.2011 – Uma comissão formada por lideranças indígenas do Estado, pelos vereadores Athayde Nery (PPS) e Alex, do PT, integrada também pelo procurador do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul, Emerson Kalif Siqueira, deverá se reunir em Brasília para discutir com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo as questões que afligem as comunidades indígenas do Estado. A proposta, apresentada nesta quarta-feira pelo vereador Alex, durante a realização da Audiência Pública “Contra a Criminalização e a Violência aos Povos Indígenas”, organizada pela ARPIPAN – Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal e Comissão Permanente de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara, foi aprovada por todas as lideranças presentes ao evento e incorporada à Carta Orientadora dos Povos Indígenas de Mato Grosso do Sul, elaborada ao final do encontro.


 



 



11-Advogados são homenageados por Athayde



10.08.2011 – A procuradora jurídica do Município, Dra. Samia Roges Jordy Barbieri, e o assessor jurídico do Sindijus – Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, Dr. Jorge Batista da Rocha, receberam na noite da última quarta-feira (10/08), das mãos do vereador Athayde Nery (PPS), a Medalha do Mérito Advocatício. A entrega da congratulação aconteceu em sessão solene, realizada pela Câmara Municipal, na qual foram homenageados advogados renomados da capital e do Mato Grosso do Sul.


A procuradora Samia Barbieri é pós-graduada em Direito do Estado, Direito Civil e Processo Civil, além de ser mestre e doutoranda pela UNIMES e professora de Direito Administrativo, Direito Constitucional e Direito Indígena. É autora da obra “Os direitos constitucionais dos índios e o direito à diferença, face ao princípio da dignidade da pessoa humana”, publicada pela Editora Almedina. Atualmente, é presidente da Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB/MS e membro do Comitê ITC de Memória e Cultura Indígena. Também participa, desde 2007, como observadora do Fórum de Assuntos Indígenas da ONU. A advogada já foi coordenadora do Curso de Direito da Faculdade Estácio de Sá, em Campo Grande, além de conselheira da OAB/MS por duas gestões. Também foi fundadora e primeira presidente da Comissão Permanente da Advocacia Pública da OAB/MS.


12-Participação da COPAI no 4º FORUM, em reuniões preliminares, apoio ao CMDDI e patrocínio do café da manhã.



4° Fórum de Educação Indígena de Mato Grosso do Sul tem início nesta quinta-feira



Nesta quinta (29/09) inicia-se o “4° Fórum de Educação Indígena de Mato Grosso do Sul”. A abertura está marcada para às 19h no complexo esportivo parque Jaques da Luz, localizado no conjunto habitacional Moreninha 3, em Campo Grande (MS). O fórum acontece nos dias 29/09, 30/09 e 01/10 e tem como tema: “Educação Indígena no Estado de Mato Grosso do Sul, avanços e desafios”.


O 4° Fórum de Educação Indígena está sendo realizado pelo Movimento de Professores Indígenas de Mato Grosso do Sul e  Conselho Municipal dos Direitos e Defesa dos Povos Indígenas (CMDDI).


 



 



Mês de outubro



Dia 20-



Copai participa de audiência pública sobre questão indígena


A Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB/MS, participa nesta quinta-feira (20), às 14 horas, na Assembléia Legislativa, de uma audiência pública para debater os conflitos agrários envolvendo produtores rurais e indígenas de Mato Grosso do Sul proposta pelo deputado estadual Laerte Tetila. A audiência, “Terra: Vida e Paz no Campo”, debate um projeto de lei que trata da aquisição de terra para indígenas no estado chamado Fepati (Fundo Estadual para Aquisição de Terras Indígenas).


Com o projeto, o Fundo poderá receber recursos da União, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), de ONGs (Organizações Não-governamentais), entidades sociais e do próprio Governo do Estado.


Com os recursos em caixa, o Governo do Estado poderá adquirir terras indígenas tradicionais que estão em litígio atualmente, podendo, ainda, equacionar demandas que aguardam por vários anos por uma solução.


O cadastro das terras que poderão ser compradas, segundo o projeto de Tetila, será feito pela Secretaria de Estado de Agricultura, que ficará a cargo, também, de todo trâmite burocrático referente à questão, desde a entrega dessas terras até a fiscalização de sua utilização.


A audiência é aberta a todos os segmentos sociais e, principalmente, para aqueles setores ligados à questão fundiária indígena.


 



COPACCO participa de audiência para de Mês de novembro-dia 11



Copai participa de audiência para debater a educação superior indígena



Nesta sexta-feira (11), a Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB/MS participa de uma audiência pública para debater a “Educação Superior Indígena em Mato Grosso do Sul”. O tema será debatido na Assembleia Legislativa, a partir das 13h30.


O assunto chegou em discussão após lideranças indígenas revelarem que boa parte dos estudantes acabam desistindo da graduação por conta da falta de políticas de acesso e permanência, como transporte, estada, alimentação, vestuário e material escolar, além de um suporte acadêmico.


O debate proposto em parceria com o Projeto de Rede de Saberes discute a realidade de cerca de 700 acadêmicos indígenas do Estado, que buscam a implementação de políticas públicas que garantam a permanência deles no ensino superior.


Participam também da audiência o secretário de Educação Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, o deputado federal Antônio Carlos Biffi, da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, a secretária de Estado de Educação, Maria Nilene Badeca da Costa, a secretária de Estado de Assistência Social, Tânia Mara Garib e os reitores das universidades públicas e particulares do Estado e o Ministério Público Federal.


Dia 19 de novembro 2011 • 17h16



OAB/MS repudia assassinato de líder indígena



  A Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional de Mato Grosso do Sul (OAB/MS) repudia veementemente o assassinato do líder indígena Nísio Gomes, assassinado na sexta-feira passada, 19 de novembro. A Comissão Permanente de Assuntos Indígenas (Copai) da OAB de Mato Grosso do Sul reuniu-se ontem para tratar do assunto e, ao final do encontro, emitiu nota na qual afirma que “isso tem um nome certo: CHACINA, CRIME HEDIONDO que deveria ser punido severamente”.



Nísio Gomes, líder indígena de 59 anos, foi assassinado na desta sexta-feira por volta das 6:30 horas, em ataque de jagunços fortemente armados contra a comunidade caiouá guarani do acampamento Tekoha Guaiviry, em Amambai, no sul de Mato Grosso do Sul.



Segundo informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organismo vinculado à Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), pelo menos 40 homens estariam envolvidos no ataque. Cerca de 60 indígenas moram no local.



Gomes foi executado com tiros de disparados de uma arma de calibre 12 e, depois de morto, o corpo foi levado pelos pistoleiros. Os disparos teriam atingido cabeça, peito, braço e pernas. Informações preliminares apontam que os autores teriam abduzido dois jovens e uma criança, e assassinado uma mulher e uma criança. Ainda conforme informações do Cimi, os homens estavam usavam máscaras, jaquetas escuras e pediram para todos deitarem no chão durante o ataque.



O líder indígena foi executado em frente ao filho, que ainda tentou impedir e foi contido com tiros de bala de borracha, informa o Cimi. As pessoas acrescentaram que a ação dos pistoleiros foi respaldada por cerca de uma dezena de picapes —foram identificadas Toyotas Hilux e GMs S-10 nas cores preta, vermelha e verde. Na carroçaria de uma delas foi levado o corpo do cacique Nísio Gomes.



Segundo informações de movimento político guarani-caiouá, a área de Guaiviry é uma das que foi incluída nos processos de identificação de terras indígenas iniciados em MS pela Funai em 2008, e o relatório está em fase de conclusão. Os indígenas ocuparam a área onde aconteceu o conflito há cerca de quinze dias e já vinham recebendo visitas da Funai e da Polícia Federal. Ainda assim, como vem acontecendo em outras áreas em conflito, isso não tem sido suficiente para coibir as agressões realizadas por homens armados a serviço dos fazendeiros da região, reclama o movimento.



A sucursal da Funai de Ponta Porã acionou Ministério Público Federal e a Polícia Federal ainda nesta sexta. E o presidente da OAM/MS, Leonardo Duarte, repudia o crime bárbaro, e irá determinar que a instituição acompanhe de perto as investigações. Da redação, com informações do site Campo Grande News.



Nota da Copai



Eis, na íntegra, o texto da nota da Comissão Permanente de Assuntos Indígenas (Copai) da OAB de Mato Grosso do Sul:



Estamos reunidos hoje, que será daqui em diante, para a lembrança de nossos filhos, mais uma data em que a nação indígena. Bradou seu grito de LUTA, e NÃO DE GUERRA, que a machadinha de guerra, será o de nosso espírito de JUSTIÇA, com mais dignidade e respeito que há muito nossos governantes e a comunidade dominante capitalista vem tentando sepultar com suas ganâncias desenfreadas e descontroladas, desvestidos de quaisquer pudores ou valores éticos e morais.



Lutamos hoje, pela terra que nos foi tirado, usurpada pelo poder dominante, as custas de tratados e documentos que jamais tiveram o SELO DA VERDADE, DA JUSTIÇA e do reconhecimento da nação indígena, porque para esses tratados e o que chamam de distribuição e demarcação de terras, nunca nos chamaram para qualquer parecer, porque sabiam que era ESBÚLIO. Simplesmente quando amanhecia o dia seguinte, apareciam NOVOS DONOS de nossas terras com documentos fabricados durante a escuridão da noite anterior e com o AVAL dos governantes de cada época.



Foi assim, meus irmãos, que por décadas, perdemos nossas terras, que hoje, sufocados por essa TIRANIA não mais iremos CALAR nosso GRITO, um grito de BASTA, de um povo, de uma nação, fortificada pelo mais valoroso Clamor, O DA SOBREVIVÊNCIA, DA CONSERVAÇÃO DA VIDA que é uma DÁDIVA DE DEUS, o grande Pai Criador do mundo e dessas terras, porque para este, meus irmãos, NÃO EXISTE DIFERENÇA DE RAÇA, OU ETNIAS, o que deveria existir, era a coexistência pacífica da humanidade.



Mas o homem branco Nunca quis assim. Sua ganância de poder, de domínio, busca covardemente sufocar aqueles que por ordem natural e Divina, chegou primeiro á esse chão, e dele sobreviveu PACIFICAMENTE até a chegada e domínio daqueles que não somente tentam NEGAR nosso direito à esse solo, mas também, buscam nos DIZIMAR quando nos negam assistência médica.



E agora, ainda quando nos ATACAM FERINDO MULHERES, CRIANÇAS, IDOSOS E HOMENS INDEFESOS, buscam na mídia LARGAMENTE PAGA, distorcer os fatos, maquiar a verdade, nos acusando COVARDEMENTE, de termos provocado confronto. CONFRONTO, meus irmãos, é quando dois grupos LUTAM ENTRE SÍ, mas quando apenas um lado possui ARMAS poderosas e ataca o outro lado INDEFESO, isso tem um nome certo. CHACINA, CRIME HEDIONDO que deveria ser punido severamente. Mas porquê nada aconteceu? Porque quem dava as ordens era filho de ex-governador, fazendeiro de poder, que com o que lucrou com os frutos de nossa terra, agora PAGA PARA AS AUTORIDADES NOS AGREDIREM. Sim, autoridades que deveriam Proteger os INDEFESOS, e fazer cumprir as LEIS, para garantir a JUSTIÇA, está a frente desses massacres, sob as ordens dos DOMINANTES, sejam atuais governantes ou ex-governadores.



MARQUEM BEM ESSE DIA, meus irmãos, porque essa data será lembrada por nossos filhos, quando a NAÇAO INDÍGENA, mais uma vez DEFENDENDO SEU MAIS PRECIOSO DIREITO, o da VIDA DE SEU POVO e DESCENDENTES, SE LEVANTA CONTRA ESSA TIRANIA, mostrando a todos os Povos de qualquer ETNIA do Mundo Inteiro, Indígena ou Não Indígena, que no Mato Grosso do Sul, TAMBÉM temos Senhores Dominantes sem escrúpulos, autoridades que não nos reconhecem como SERES HUMANOS, Mas, TAMBÉM, tem um povo que CONSCIENTE de seus direitos á VIDA, à DIGNIDADE, à LIBERDADE de viver em terras que natural e DIVINAMENTE herdada de Deus, luta para poder nesta terra, escrever sua história e repassá-la aos seus filhos, que buscam TÃO SOMENTE por aquilo que lhes fora arrancado. Aqui e daqui em diante, escreveremos mais um capítulo de nossa História para que a humanidade futura saiba a VERACIDADE DOS FATOS e as atrocidades que nosso povo mais uma vez foi vítima dos INFAMES e INESCRUPULOSOS DOMINANTES.



E será com esse sentimento e unidos pela GRAÇA DE DEUS e pelo SANGUE que derramaram de nosso povo, que semearemos nossa ESPERANÇA de RECONQUISTA de nossa DIGNIDADE e havemos de RECUPERAR NOSSAS TERRAS, pois esse será nosso legado e que DEUS NOS AJUDE.



Comissão Permanente de Assuntos Indígenas (Copai) da OAB de Mato Grosso do Sul  



Dia 25 de novembro



OAB-MS cria Comitê Nacional em Defesa da População Indígena


O Plenário da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso do Sul OAB-MS, sediou nesta quinta-feira 24/11/2011 debate sobre a criação do Comitê Nacional em Defesa da População Indígena de Mato Grosso do Sul – Condepi-MS., com participação da Comissão Permanente de Assuntos Indígenas - COPAI-OAB-MS.
 


O Comitê tem por objetivo defender a população indígena contra todas as formas de violência, seja causada por determinado grupo ou poder público, protegendo a integridade, como povos distintos, em auxílio da preservação de valores culturais e identidade étnica.



 


A reunião foi coordenada pela defensora pública Neyla Ferreira Mendes integrante da Comissão de Direitos Humanos e pelo Vice-Presidente Wilson Capistrano da COPAI/OAB-MS (Comissão Permanente de Assuntos Indígenas), visando dar encaminhamento legal ao conflito que envolve a etnia guarani-caiouá no sul do Estado.



 


Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população de índios do país, com mais de 68 mil pessoas distribuídas em 75 aldeias e 31 acampamentos indígenas com mais de 1,200 famílias vivendo em condições subumanas à beira de rodovias ou sitiados em fazendas.



 


A população dos guarani-caiouá é a maior entre as onze etnias que vivem em MS, e a mais sacrificada pela sonegação dos direitos humanos fundamentais.



 


O número elevado de suicídios, alcoolismo, jovens indígenas aliciados e usados como “mulas” para o tráfico de drogas, exploração da mão-de-obra indígena nas usinas de álcool, são problemas sociais que fazem parte da realidade indígena de MS.



 


O Estado busca alternativa jurídica que evite injustiças a qualquer um dos lados que reclame por direito, visando conter a violência e o conflito direto entre fazendeiros e indígenas. A criação do Comitê Nacional em Defesa da População Indígena de Mato Grosso do Sul serve como um instrumento dos movimentos sociais para defesa da causa dos povos indígenas.



 


ASSINAM:



 


1. CIMI (Conselho Indigenista Missionário)


2. CUT - MS


3. Centro de Defesa dos Direitos Humanos Maçal de Souza


4. MST-MS


5. 12ª Defensoria Pública Cível de Segunda Instância


6. Rede Nacional de Advogad@s Populares (Renap MS)


7. CNBB – CRJP/01


8. Comissão de Direitos Humanos/OAB


9. Conselho Estadual Indígena


10. Conselho Municipal Indígena de Campo Grande


11. Comissão de Cultura da Câmara de vereados de Campo Grande


12. Coletivo de mulheres Negras


13. Fórum Nacional de Mulheres Negras


14. Associação Rede Criança


15. GT Combate ao Racismo Ambiental da RBJA


16. CEDEFES - Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva – Belo Horizonte – MG


17. Centro de Agricultura Alternativa (CAA) Norte de Minas - MG


18. Fórum Carajás –São Luís – MA


19. Rede Nacional de Advogad@s Populares (Renap Maranhão) - MA


20. Instituto Terramar – Fortaleza – CE


21. Fórum da Amazônia Oriental (FAOR) – Belém – PA


22. Dignitatis – João Pessoa – PB


23. INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos - Brasília – DF


24. Rede Nacional de Advogad@s Populares (Renap Ceará) - CE


25. CEPEDES - Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul/BA


26. Terra de Direitos


27. Comissão Pastoral da Terra - CPT Nacional


28. Justiça Global


29. Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR) - BA


30. CEDECA Ceará - Centro de Defesa da Criança e do Adolescente - CE


31. Rede Nacional de Advogad@s Populares (Renap Rio Grande do Norte) – RN


32.Grupo de Estudos em Direito Crítico, Marxismo e América Latina - GEDIC (UFERSA/UERN) – RN


33. Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto


34.ANCED - Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente


35. ANADEF – Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais


36. Rede Alerta


37. ABRANDH - AÇÃO BRASILEIRA PELA NUTRIÇÃO E DIREITOS HUMANOS


38.ADVOGADOS SEM FRONTEIRA


Fonte: OABMS


 



Copai participa de audiência para debater a educação superior indígena


Nesta sexta-feira (11), a Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB/MS participa de uma audiência pública para debater a “Educação Superior Indígena em Mato


 



Mês de Dezembro de 2011



Dia 6-



Comitê e Comissão de Assuntos Indígenas da OAB-MS participam de ações em SP



09 de dezembro de 2011 • 17h27 • atualizado às 18h49



 



"Índio é brasileiro e pertence ao povo do Brasil. Nós somos donos da terra", diz cacique Faride



A programação da Semana em Defesa da Terra, Vida e Futuro Guarani-Caiuá encerrou ontem (8/12/2011) com o lançamento do Relatório de Direitos Humanos da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.



 



Representantes do Comitê Nacional em Defesa da População Indígena de Mato Grosso do Sul – CONDEPI e a Comissão Permanente de Assuntos Indígenas - COPAI da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS), participaram de um evento realizado na noite desta terça-feira (6), na Câmara Municipal de São Paulo, durante lançamento do Comitê Nacional em Defesa da População Indígena de Mato Grosso do Sul.



 



"Queremos que as pessoas acreditem que nós também somos seres humanos. Só queremos viver, educar e libertar os nossos filhos desse caminho criado pelos que nos odeiam. Isso tem que mudar, tem que haver justiça", desabafou emocionada, Léia Aquino, mãe e professora, membro da Comissão Aty Guasu, Léia Aquino, que também faz parte do Conselho Internacional dos Povos Guarani, integra uma delegação de lideranças Guarani-Caiuá que foi a São Paulo para participar de várias ações, Na sua intervenção, Léia Aquino, leu o Manifesto do Conselho Aty Guasu, elaborado no último dia 27 de novembro de 2011, na Terra Indígena Yvy Katu, localizada no município de Japorã (MS), no qual os indígenas exigem, entre outras providências, "imediata intervenção federal no estado do Mato Grosso do Sul", proteção às lideranças e comunidades "ameaçadas por grupos paramilitares", a publicação, ainda em 2011, "dos relatórios sobre a identificação das terras indígenas em estudo por seis Grupos Técnicos criados em 2008".



 



O Manifesto exige também "rigorosa investigação e prisão dos responsáveis pelos ataques armados às comunidades e lideranças indígenas", e alerta: "não mais aceitamos calados que nossos líderes continuem irrigando com seu sangue a nossa própria terra, enquanto ela continua sendo pisada pelos bois de fazendeiros assassinos", diz o texto.



 



Para Lúcia Helena Rangel, antropóloga da PUC-SP, "a situação do Mato Grosso do Sul é paradoxal e exemplar. Por um lado temos um alto desenvolvimento, com o agronegócio, que o povo brasileiro gosta de ver. É a produção de álcool, do etanol, a soja, o milho, o boi, o grande empreendimento. Um estado rico", disse a antropóloga e continuou: "e exatamente na medida do seu progresso econômico temos o seu inverso, que é o progresso da selvageria desse capitalismo que mata e deixa crianças passarem fome, contamina com o agrotóxico e que deixa mais de 45 mil Guarani-Kaiowá, confinados, em situações de estrema pressão nos acampamentos à beira das estradas onde são alvos de grande violência". Segundo a professora, que há décadas coordena o relatório, realizado todos os anos pelo CIMI, de Violência contra os Povos Indígenas no Brasil, são quatro os bolsões críticos para os indígenas: Roraima, Maranhão, Sul da Bahia e Mato Grosso do Sul.



 



"Vivemos num estado sanguinário onde não se respeitam os direitos humanos dos nossos Povos Indígenas. Vivemos um etnocídio, um genocídio, um nazismo e uma opressão inconcebível", argumentou Samia Jordy Barbieri, Samia Roges Jordy Barbieri presidente Comissão Permanente de Assuntos Indígenas - COPAI/OAB-MS, que acompanha a delegação.



 



Entre os presentes estavam juízas da Associação dos Juízes para a Democracia, Dra. Dora Martins e Dra. Kenarik B. Felippe e representantes de várias organizações. Não faltaram críticas ao Judiciário pelas suas posições com relação aos processos relativos às causas indígenas.



 



O cacique Faride Mariano de Lima, da Terra Indígena Laranjeira Nhanderu e o professor Oreil Benites, do Conselho Internacional da Nação Guarani, também deram seus depoimentos. "Índio é brasileiro e pertence ao povo do Brasil. Nós somos donos da terra. Os fazendeiros tomaram as terras", destacou o cacique Faride. "Hoje nós estamos voltando para as nossas aldeias e não estamos invadindo, mas retomando o que é nosso. Todas as autoridades foram na minha aldeia e até agora, depois de quatro anos, não resolveram. Não podemos plantar, quando alguém fica doente o fazendeiro não deixa entrar para levar. Nem os mortos nós podemos levar para sepultar em Rio Brilhante. Então nós enterramos lá mesmo na fazenda", afirmou e fez um apelo: "peço que ajudem os povos indígenas”.



 



Ao falar do futuro, o jovem professor recordou que os pais querem uma vida digna para seus filhos. "Assim, as mães de vocês também tiveram sonhos para que vocês chegassem onde estão. Isso também nossa mãe e nosso pai tem para nós. Mas a nossa riqueza é a terra", lembrou e fez um apelo. "Ajudem o povo Kaiowá Guarani. Nós não queremos mais morrer, nós queremos construir uma família, nós também somos seres humanos. Nós sempre respeitamos a lei e somamos com votos para eleger o governador, a presidente, o prefeito, o vereador. Mas quando agente grita, por favor, ninguém olha pra nós", desabafou.



 



Segundo a presidente da Comissão Permanente de Assuntos Indígenas - COPAI/OAB-MS - Samia Roges Jordy Barbieri - o CONDEPI - o Comitê Nacional em Defesa da População indígena de Mato Grosso do Sul, continuará em atividade junto às entidades coligadas. “No próximo dia 12, segunda-feira, às 9 horas no Plenário da OAB-MS realizaremos uma reunião preparatória para a manifestação agendada que acontecerá dia 14, às 9 horas da manhã, quando faremos uma passeata partindo da sede da OAB-MS, representando as 250 vítimas indígenas assassinadas entre 2003 e 2010 em Mato grosso do Sul”, destacou a presidente do COPAI/OAB-MS.



Fonte: Revista Missões



DIA 14 de DEZEMBRO







Extraído de: OAB - Mato Grosso do Sul  - 13 de Dezembro de 2011



Lideres indígenas convidam para Ato Ecumênico pela morte de 250 índios



Fonte: jus Brasil extraído do site da OAB/MS



O ato cívico religioso ecumênico pela morte de 250 índios, em Mato Grosso do Sul, acontece na manhã desta quarta-feira, 14 de dezembro de 2011. Lideranças indígenas, OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) e Comissão Justiça e Paz da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) convidam para a solenidade na Catedral Nossa Senhora da Abadia Paróquia Santo Antônio, em Campo Grande.



 



A comunidade cristã do Estado não pode se calar diante das atrocidades e genocídio dos nosso irmão indígenas, afirma Margarida Cavalheiro da Justiça e Paz CNBB. Para a presidente da Comissão Especial de Assuntos Indígenas da OAB/MS, Sámia Roges Jordy Barbieri, esse é o momento de praticar o ensinamento 'ameis uns aos outros, como eu vos amei'.



 



A Catedral fica na Travessa Lydia Baís, com a rua 15 de novembro, no Centro da Capital. O tem início às 9h.



Ato ecumênico repudia assassinatos de índios no Mato Grosso do Sul



Mais de 250 lideranças indígenas foram assassinadas nos últimos cinco anos



Fonte: Palmir C. Franco - CUT-MS



Um ato público, pacífico e ecumênico organizado pela CONDEPI - Comitê Nacional de Defesa dos Povos Indígenas de Mato Grosso do Sul, CUT, OAB, Defensoria Pública e entidades religiosas de várias denominações aconteceu na Praça em frente à Igreja São Antônio (Padroeiro de Campo Grande) na última quarta-feira, dia 14, para repudiar o assassinato de mais de 250 lideranças indígenas nos últimos cinco anos que se tem notícia.



 



No ato, que teve também a participação de entidades sindicais da base da CUT, como os Bancários, Correios, Vigilantes, 250 cruzes foram fincadas na praça, marcando cada liderança indígena assassinada nos últimos cinco anos porque defendia direta ou indiretamente o direito de ficar na sua terra.



 



O CONDEPI representa 55 entidades com  5 coordenação desse movimento e a  CUT-MS é uma das coordenadoras, que vem ao longo dos anos participando desse processo, lançando  este ano o Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras Indígenas da CUT-MS.



 



A manifestação em praça pública foi a maneira  que o movimento indigenista encontrou para repudiar e denunciar o crescente número de assassinatos de lideranças indígenas no MS, como se existisse uma organização paramilitar montada para exterminar as comunidades indígenas no Estado para favorecer o agronegócio. Várias personalidades usaram do microfone para desabafar e fazer denúncia de um governo que não tem vontade política de elucidar os crimes e muito menos cumprir o que determina a Constituição de 88, que é o de promover a demarcação das terras e parar com esse massacre verificado nas aldeias do MS.



 



DENÚNCIA



O pastor indígena Carmelito, além de condenar as ações de extermínio de lideranças indígenas denunciou o Governo pelo corte de recursos para as comunidades indígenas como forma de oprimir ainda mais esse sofrido povo. “Os Kadiweu, da região de Bodoquena estão vivendo na mais profunda miséria. Os poucos recursos que eram destinados à aldeia foram cortados pelo governo o que está deixando as famílias muito preocupadas com a própria subsistência”, denunciou o pastor, que esteve na aldeia do líder indígena Nízio recentemente assassinado e que teve o seu corpo levado pelos seus algozes, dizendo estar muito assustado com a situação como as comunidades estão vivendo. “As crianças não querem mais estudar ou sair de casa. Estão perdendo a vontade de viver e isto pode comprometer a geração futura”, disse o pastor indígena.



 



Já Lito Nelson, cacique Caiuá/Guarani disse estar muito cansado de só reclamar e pedir por paz. “O índio é pacífico, mas até quando vamos aguentar este extermínio sem fazer nada. Somos assassinados em pleno dia e na frente da nossa comunidade e nada acontece, ninguém é preso e o governo não se importa com tantas mortas em suas mãos. Mas se nós matássemos um filho dele, com certeza ele usaria todo o aparato do estado para nos punir”, disse revoltado o cacique, lembrando que os políticos só vão nas aldeias pedir votos e quando se elegem mandam polícia armada para intimidar as comunidades e permitem que assassinos ceifam vida sem punição. “Mesmo assim não vamos desistir, vamos morrer nas terras dos nossos ancestrais, este extermínio um dia vai ter que parar, não vamos sumir sem lutar”, disse Lito Nelson, que também é o feiticeiro da aldeia e afirmou que em no mês de março 2012 haverá novas mortes, porque o governo acaba de editar lei que estreita ainda mais a área que lhes pertence e a tendência é haver conflitos.



 



Para o advogado Lairson Palermo, no ato representando a OAB seccional MS, existe um plano no Estado para acabar com os indígenas por causas de suas terras. “Estamos investigando essas ações paramilitares e quando descobrirmos vamos denunciar nos tribunais internacionais, mostrando que tipo de governo temos no Mato Grosso do Sul, um governo ausente nas questões fundiárias e humanitárias que aliado ao governo federal  permite esse tipo de barbárie contra as comunidades indígenas deste País”, denunciou o representante da OAB-MS.



 



O Conselho Estadual Indigenista também esteve representado pelo indígena Eduardo, que se diz chocado com o coração duro do homem branco. “O governo do estado decretou guerra contra o povo indígena, esse mesmo povo que o elegeu para defender seus interesses, agora ele volta para nos matar. O interesse pela terra é muito grande, maior do que nossas próprias vidas e a cultura que representamos para este país”, disse revoltado o representante do CIMI.



 



Os sindicatos também usaram da palavra para defender a causa dos indígenas e se colocar à disposição para a luta que ainda virá. Celso Adriano, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Campo Grande e Região disse que realmente existe um esquema paramilitar neste Estado para oprimir os menos favorecidos e como os indígenas estão na ponta desse processo são os primeiros a sofrer com essas ações e que vem atraindo com maior vigor o crime organizado, como se fosse uma terra sem lei e ordem. “O crime acontece em plena luz do dia e nada acontece, que bandido não gostaria de viver por aqui”, disse o vigilante.



 



Representando as mulheres no ato, Alicinda, índia terena do Conselho dos Direitos da Mulher lembrou que as mulheres são as que mais sofrem com a perda dos maridos e filhos, pois precisam enfrentar outra realidade após um ataque dessa natureza que tira vida de um parente ou amigo. “Eu também vivo a aflição da morte. Qualquer indígena que se coloca como liderança, já está correndo perigo de morte, sua vida não vale mais nada. Como defensora dos direitos da mulher na minha comunidade, também corro o mesmo risco”, sentenciou a índia terena.



 



CUT CAMINHA AO LADO DO POVO INDÍGENA



Como a maior central sindical da América Latina, a CUT tem se colocado ao lado das comunidades indígenas, especialmente dos trabalhadores e trabalhadoras que atuam nas usinas de álcool e frigoríficos no Estado, criando o Coletivo de Trabalhadores Indígenas da CUT-MS e realizou recentemente o 1º Encontro Nacional dos Trabalhadores Indígenas da CUT-MS. A participação da CUT nas ações que indigenista reforça a idéia de que o Estado é omisso e complacente com os agressores dessas comunidades.



 



Para o presidente da CUT-MS, Jefferson  Borges Silveira é hora de dar um basta a tanta barbaridade. “É preciso descruzar os braços e lutar para acabar com este holocausto do século XXI e que envergonha o Mato Grosso do Sul por sua política no campo. Vamos continuar denunciando e enfrentando  todas os ataques feitos a essas comunidade e caminhar com elas para um futuro de paz e prosperidade”, disse o presidente da CUT-MS.



 



 



Dia 19- Participação da COPAI na abertura do VIDEO INDIO BRASIL 2011



MIS exibe mostra de filmes do Vídeo Índio Brasil 2011



“NOTÍCIAS MS 19/12/2011 00h02 



Começa hoje (19), em Campo Grande, o projeto Vídeo Índio Brasil 2011, a partir das 14h no Museu da Imagem e do Som (MIS).


A edição de 2011, seguindo o formato já consolidado em anos anteriores, prevê a exibição de filmes - que tenham a questão do índio como tema principal - produzidos por realizadores indígenas e não-indígenas. As atividades são gratuitas com a finalidade de garantir o amplo acesso da população em geral à rica produção audiovisual relativa às populações tradicionais existentes no Brasil.”




 



 



 



 



 




Nenhum comentário:

Postar um comentário