O grupo de índios guarani kaiowa que havia ocupado área na divisa entre as fazendas Maringá e Santa Rita, em Iguatemi, no início de agosto, sofreu novo ataque de “capangas”. A ação deixou indígenas feridos a tiros e está sendo investigada pela Polícia Federal e acompanhada pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio).
Polícia Federal, MPF e Funai ainda preparam os relatórios com informações oficiais sobre o caso, no entanto, o procurador da República em Dourados, Marco Antônio Delfino de Almeida, confirmou que, em visita ao local onde estão acampados os indígenas, ficou constatado que realmente houve confronto e que várias pessoas foram feridas a tiros.
“Essa questão de posse [da terra] é sempre complicada, vamos avaliar se vai ter um final amistoso, mas primeiramente, temos que averiguar a responsabilidade pelos ataques e punir os culpados”, comentou o procurador.
O ataque da semana passada foi o segundo sofrido pelo grupo de indígenas. No primeiro, dia 14, eles foram expulsos do acampamento na divisa das fazendas e permaneceram vários dias escondidos na mata. Agora, de acordo com informações da FUNAI, permanecem acampados às margens de uma estrada rural, fora das fazendas.
Os indígenas reivindicam a demarcação de área do tekoha (terra tradicional) Pyelito Kue. Na mesma região já houve violentos confrontos pela posse da terra, em 2003 e 2009.
Fonte:
01/09/2011 18:17
Nenhum comentário:
Postar um comentário