Dados do CNJ apontam que, atualmente, em Campo Grande existem cerca de 10 mil indígenas espalhados em quatro aldeias urbanas ou em residências dentro da cidade. “Cerca de 3 mil deles ainda não possuem identificação indígena ou civil, e é este o quadro que queremos mudar”, diz Ruy Celso. A intenção é de que sejam montados postos itinerantes que forneçam esses serviços em pelo menos três aldeias urbanas da capital, e depois, a partir da avaliação da atividade, o projeto deve ser estendido para o interior do Estado.
O recém nomeado coordenador da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) em Campo Grande, Edson Fagundes, afirma que o projeto é “de grande avanço para que o indígena tenha o conhecimento da cidadania e queira fazer parte dela”. Ele explica que o grande problema enfrentado pela população indígena é o constrangimento “por não ser considerado cidadão civil brasileiro”. Segundo Fagundes, “quando precisamos apresentar o nosso documento de identificação em algum lugar, ninguém aceita”.
Atualmente, a comunidade indígena é identificada pelo Rani (Registro Administrativo de Nascimento Indígena), documento que traz a filiação e a origem da pessoa. “O novo documento permitirá que eles continuem a ter essa mesma identificação, mas agora registrados em cartório nacional e de acordo com a lei federal brasileira”, diz a representante do Cartório de Registro Civil do 2º Ofício, Cinthya Santos Pereira.
Fonte: www.oestadoms.com.br
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