sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Comissão da OAB/MS é única na garantia do direito dos povos indígenas

 
 
A Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB/MS (Copai) atua diretamente na promoção e defesa dos Direitos dos povos indígenas do Estado e outras regiões do País. Atuante desde 2007, primeiro como comissão especial, no ano passado os conselheiros da Seccional, por unanimidade, reconheceram-na como comissão permanente pela força do seu trabalho. Com atividades de inclusão social, assuntos jurídicos como a demarcação de terras e de educação, entre outros, a Copai desenvolve trabalho único entre as seccionais da OAB.
Presidida pela advogada Sámia Roges Jordy Barbieri, a Copai realizou ciclos de palestras e exposições sobre os direitos das etnias e sua cultura, com cantos, danças e até culinária. “Nosso trabalho serve para acabar com o estigma que assimila índio a terra e morte. Mostramos o lado bom desse assunto", comentou.
Apesar do trabalho pedagógico e de inclusão, a comissão da OAB/MS não se distancia dos assuntos jurídicos que envolvem os povos indígenas, como a demarcação de terras em Mato Grosso do Sul e de racismo. Desde maio deste ano, quando se intensificaram as disputas, a Copai cobra celeridade ao STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento destes processos.
"Produtores rurais e índios são vítimas deste impasse que dura mais de 20 anos. Não podemos deixar que essa situação de insegurança continue", afirma Sámia. De acordo com a advogada, os indígenas reivindicam a demarcação de 155 mil hectares de terra. O processo tramita na justiça desde 1987.
Foram realizadas ainda, em 2012, discussões com gestores das universidades públicas e privadas da Capital para que o Direito dos povos indígenas fosse incorporado a grade curricular dos acadêmicos, o assunto continua e já há até um cronograma aprovado da disciplina. Palestras e atividades culturais também fazem parte dos trabalhos realizados pela comissão.
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) também reconheceu o trabalho desenvolvido pela OAB/MS e, em parceria com a comissão, realizou mapeamento de indígenas que não possuíam documentos em setembro de 2010. No ano seguinte, a parceria rendeu mais de 1.600 documentos as etnias, com ação global de emissão de documentos de identidade, carteira do SUS, CPF, carteira de trabalho e do índio. Todos realizados gratuitamente.
“Foi um projeto modelo que auxiliou aos índios a terem acesso a justiça”, afirmou a presidente da Copai. Sempre com a bandeira da inclusão, o próximo trabalho da comissão será uma cartilha reunindo informações sobre os Direitos dos povos indígenas. O últimos detalhes da cartilha serão debatidos amanhã (31/8), durante a reunião dos membros da comissão.
"Em nossos trabalhos ouvimos pessoas dizendo: 'índio que usa notebook e internet não é índio'. Eles migraram para as cidades e passam a conviver com a tecnologia, mas, nem por isso deixam sua cultura e costumes para trás", comenta.
 
 
Fonte:
 
30 de agosto de 2012 • 16h08 • atualizado às 18h03

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

COPAI se manifesta no Midiamax

"Pela Permanência"
 
Sou de muito trabalho. De trabalho positivo e adiante. Gosto de ver e participar das transformações, não de ficar anunciando “favas contadas”, de ficar lustrando condecorações. As conquistas, pra mim, são no dia a dia, graças a muito empenho e argumentações. Mas essa semana fui obrigada a relembrar e refletir sobre o que foi feito pela atual gestão da OAB/MS pelas questões indígenas e confesso: foi um grande prazer e agradeço a oportunidade de informar muito do que foi e está sendo feito.

A OAB/MS é a única seccional do Brasil a contar com uma Comissão Permanente de Assuntos Indígenas (COPAI), status que conquistamos graças ao grande trabalho de meus companheiros de comissão, e principalmente à sensibilidade do presidente Leonardo Avelino Duarte que entendeu a importância dos assuntos em pauta para toda a sociedade sul-mato-grossense. Ao ganhar o status de “permanente”, significa que, em tempo algum, ela poderá ser extinta. A COPAI da OAB/MS é modelo em todo o Brasil pelo trabalho desenvolvido e conquistou certificado por honra ao mérito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em toda e qualquer reunião em torno de assuntos indígenas a COPAI está presente, nosso papel tem de sido de intermediar, assessorar, apontar caminhos, instruir para que os grandes entraves sociais e jurídicos que assolam índios e não índios possam ser ponto a ponto resolvidos. Nos pautamos pelo artigo 44 do Estatuto da OAB que rege que todo o advogado é um defensor da Constituição, da ordem jurídica, do Estado democrático de direito, dos direitos humanos e da justiça social, o que infelizmente nem todos meus colegas de carteira tem claro. Aos que jogam, indiscriminadamente, palavras ao vento, tenho a dizer que lhes falta conhecimento, educação e sensibilidade.

É preciso que todos entendam que não é possível mais fechar os olhos, dar as costas para o Direito Indígena, sobretudo, em Mato Grosso do Sul onde as aldeias são nossas vizinhas e seus problemas transbordam qualquer demarcação. Tentar isolar o assunto, marginalizar, ou postergar tem, ao longo dos anos, gerado conflitos e violência. Assim a COPAI OAB/MS posicionou-se ativamente na construção de uma agenda positiva na questão indígena, e nesse sentido auxiliou a organização de uma rede consistente e atuante em prol do tema. Temos a participação do Ministério Público Federal, Procuradoria do Trabalho Federal, Justiça Federal, Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Universidades, cada um em sua atribuição legal, trabalhando nas mais diversas demandas geradas pelos assuntos indígenas.

Temos ainda nos debruçado na importância de educação e na preparação dos jovens advogados. Para que o assunto seja tratado com respeito e conhecimento. Realizamos três eventos, chamados de “semana do índio”, dedicadas ao assunto e estamos finalizando a cartilha sobre o Direito Indígena. Se ainda há violência ou desentendimento em questões que esbarram o direito a terra, a saúde, a educação é por que existe um esgotamento histórico das relações entre índios e não índios, situação que a COPAI rotineiramente vem trabalhando para dirimir.

A luta tem sido árdua e muitas vezes pouco entendida, mas sinto-me revigorada ao ter a oportunidade de observar tudo que pudemos construir com a nossa destemida COPAI, com independência, transparência e muito esforço temos avançado passo a passo, luta após luta, na conquista de solução de conflitos. Em que pese a falácia de alguns, a voz da maioria em busca de tempos de paz tem sobrepujado. Trabalho fundamental tem prestado meus colegas de comissão, e sobretudo nosso presidente Leonardo Avelino Duarte que demonstra em suas ações o destemor para enfrentar os grandes entraves sociais, sempre de forma discreta e ponderada, o que proporciona equilíbrio àqueles que, como eu, defendem uma causa apaixonadamente. Aos que tiverem olhos de ver e interesse de se informar coloco-me à disposição. Sinto-me gratificada ao estar à frente dessa honrosa bandeira, e disposta a contribuir mais e sempre por uma OAB combativa, atuante e por uma advocacia livre e agente das transformações sociais calcada na educação, no amor e na paz.

Samia Roges Jordy Barbieri – é advogada, mestre e doutora pela Unimes, procuradora Municipal de Campo Grande, professora de Direito Constitucional, Direito Indígena e Direito Administrativo e presidente da Comissão Permanente de Assuntos Índigena da OAB/MS

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Nota de pesar: Sônia Maria Azambuja Ujacow


Com grande pesar, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul, comunica o falecimento de Sônia Maria Azambuja Ujacow, na tarde de segunda-feira (13), vítima de câncer no peritônio.

Ela tinha 67 anos, era casada com o advogado Josephino Ujacow e mãe da advogada e membro da Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB/MS, Tatiana Ujacow e de Rebeca Azambuja Ujacow.

O corpo foi velado no cemitério Parque das Primaveras, e o sepultamento será nesta terça-feira, às 10h30.

Aos familiares, parentes e amigos, a OAB/MS expressa seu profundo sentimento de pesar e tristeza.


Fonte:
13 de agosto de 2012 • 17h35 • atualizado às 09h02 • 54 visualizações

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Fotos da Reunião sobre o ensino do Direito Indígena nas Faculdades

A reunião para tratar da inclusão da disciplina de Direito Indígena nas faculdades de Mato Grosso do Sul aconteceu na sede da OAB/MS, as 19 horas do dia 09 de agosto de 2012, Dia Internacional dos Povos Indígenas, assim declarado pela ONU em 1995.
E contou com a presença dos membros da Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB/MS, Samia Roges Jordy Barbieri, Wilson Capistrano, Mario Morandi e Arlete Povh, bem como, a ilustre presença do coordenador Dr. Marcelo Salomão da Universidade Anhanguera/Uniderp, Aliscinda Tibério, presidente do Conselho Municipal Indígena, CMDDI e seu ex-presidente Elcio Terena.
Acadêmicos indígenas também abrilhantaram o encontro com opiniões, sugestões e comentários pertinentes. Entre eles, Rute Poquiviqui, que, além de acadêmica indígena também faz parte do Conselho Municipal Indígena de Campo Grande, os acadêmicos Elisangela Candelaria da Silva e Fagner Lira Bizerra, ambos da UCDB, entre outros.












Fonte e foto: Arlete Povh

Audiência Pública debate ensino sobre Direito dos Povos Indígenas

A Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB/MS (COPAI) realiza nesta quinta-feira (9/8) Audiência Pública para discutir implantação de estudos sobre a cultura dos povos indígenas do Estado nas faculdades. O evento acontece às 19 horas, no Plenário da Seccional. De acordo com a presidente da comissão, Samia Roges Jordy Barbieri, será debatido, na presença dos reitores das instituições de ensino da Capital, a importância da inclusão do Direito dos índios no ensino superior.
“Temos a programação de como funcionaria a disciplina na grade dos cursos. É importante educar da base, pois a atual situação dos indígenas é reflexo da falta de conhecimento de sua cultura pelos profissionais”, comentou Samia.
De acordo com a presidente da COPAI, a grade curricular contaria com Princípios Constitucionais, Questões Indígenas no Direito Penal e Direitos Humanos Internacional. Além do debate com os reitores, a comissão da OAB/MS vai disponibilizar uma prévia da cartilha que está em execução sobre os Direitos Indígenas.
 
 
Fonte:
08 de agosto de 2012 • 18h55 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Copai se reune com presidente da OAB/MS para marcar encontro com coordenadores das faculdades de MS


A Comissão Permanente de Assuntos Indíngenas se reuniu nesta quinta-feira, 02 de agosto de 2012, às 8h30, com o presidente da OAB/MS, Dr. Leonardo Avelino Duarte, para solicitar um encontro com todos os coordenadores das faculdades de Mato Grosso do Sul. O objetivo é implantar a Disciplina de Direito Indígena em todos os cursos de Direito do Estado.

A reunião acontecerá às 19 horas, da quinta-feira do dia 09 de agosto de 2012, data escolhida pela Copai justamente por ser o Dia Internacinal do Povos Indígenas (declarado pela ONU em 1995). O evento será  na sede da OAB/MS, Avenida Mato Grosso, 4700.

Da Copai estiveram presentes a presidente, Samia Roges Jordy Barbieri, vice-presidente, Wilson Capitrano e a colaboradora Arlete Povh.







Fonte e imagem: Arlete Povh