domingo, 29 de abril de 2012

Imagens da OAB/MS - III Semana do Índio da Copai 2012


















Imagens da III Semana do Índio da Copai 2012







Fonte: Acervo Copai - by Arlete Povh

OAB/MS promove III Semana do Índio com palestras, exposições e comidas típicas


Teve Início ontem (26) às 18h30 no Museu das Culturas Dom Bosco, a III Semana do Índio da OAB/MS, com objetivo de mostrar os vários lados da cultura indígena de Mato Grosso do Sul, que abriga a segunda maior população do Brasil, com mais de 68 mil índios, de 13 diferentes etnias, distribuídos em 77 aldeias. Em 26 municípios do Estado.
O evento foi aberto com a exposição “Alma Vermelha”, da artista plástica Deusenid Felix, retratando várias etnias que habitam o país. A primeira palestra foi proferida pelo Procurador da República em Dourados(MS), Marco Antônio Delfino de Almeida, que falou de sua experiência como Procurador na região onde estão localizadas as aldeias mais populosas de Mato Grosso do Sul (Guarani e Kaiowá), com o tema “Índio Urbano”.
O líder indígena Marcos Terena, foi o segundo palestrante, trazendo à plateia relatos de sua vida pessoal, o dia a dia na aldeia e a evolução da história e da cultura indígena em contato direto com o não índio. Após as palestras foi aberta palavra para debate, até às 22 horas.
Para a advogada e presidente da COPAI (Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da Ordem), Sámia Roges Jordy Barbieri, a III Semana do Índio vem coroar um trabalho desempenhado em prol desta comunidade pela OAB/MS. “É um reconhecimento da cultura dentro da cultura. Temos muito a evoluir principalmente em questões relacionadas à Direitos Humanos, mas estamos conseguindo exorcizar a ligação da palavra “índio” com tristeza, morte e questões de territorialidade. O povo indígena tem que ser tratado com respeito e não com discriminação à causa. Este evento pretende reunir propostas que serão encaminhadas às autoridades políticas, com alternativas para investimento em saúde, trabalho e educação indígena”, destacou.
O evento prossegue até sábado (28/4) às 12h00 no Museu das Culturas Dom Bosco, localizado no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, quando será servido aos participantes um banquete com ingredientes típicos da culinária indígena. Os alimentos serão preparados artesanalmente por integrantes da própria comunidade.

Fonte e foto:

27 de abril de 2012 • 16h17 • atualizado às 18h25

Situação indígena do Estado causa tristeza profunda em cacique Kalapalo

 




O cacique, Faremá Kalapalo, da aldeia da Kunurijafütü, localizada no Parque Índigena do Xingú, declarou que a situação dos índios do Estado lhe causa profunda tristeza. Ele esteve presente na III Semana do Índio, organizada pela OAB-MS (Ordem dos advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul), onde tomou conhecimento da situação em que vivem seus parentes, por meio de relatos de líderes indígenas locais.
A presidente da Copai (Comissão Permanente de Assuntos Indígenas), Samia Roges Jordy Barbieri informou que o evento realizado pela Ordem visa reunir propostas que serão encaminhadas as autoridades políticas. Já a vice-presidente, Tatiana Ujacow, ressaltou a importância de estreitar laços com as comunidades indígenas e diferentes etnias.
Faremá contou que no Xingú os índios vivem da pesca, plantio, e que lá não bebem, e apenas o pajé fuma. “Vi os Guaranis e Terenas colocando as preocupações deles de tudo isso e me entristeceu muito mesmo a situação dos meus parentes, de ver como eles sofrem. Eu entendo o que é álcool, cigarro, droga, mas lá no Xingú não tem nada disso”, afirmou. O cacique destacou também a questão da violência. “No nosso grupo isso não acontece, não tem violência. Se alguém fica descontente ele se muda pra outro lugar ou conversa”, explicou.
O Parque Indígena do Xingú fica localizado ao norte do Estado de Mato Grosso, entre o Planalto Central e a floresta Amazônica. Foi criado em 1961, pelo presidente Jânio Quadros, tendo sido a primeira terra indígena homologada pela União. Os principais idealizadores foram os irmãos Villas Bôas (Orlando, Cláudio e Leonardo) e o projeto antropológico redigido por Darcy Ribeiro. Hoje a área de 2,8 milhões de hectares é habitada por cerca de dois mil índios, de nove etnias diferentes e 52 grupos étnicos.
Em suas andanças pelas aldeias no país, Faremá, disse que tem observado que hoje a cultura do branco está tomando conta da cultura indígena e citou a visita que fez a uma Aldeia Urbana, na Capital. “Fui na aldeia urbana, mas lá não é aldeia, é cidade. Senti estranho. Perguntei pro cacique e ele falou que não tem onde plantar. Ai foi que percebi que parente não tem terra aqui. Quando chegar no Xingú vou contar tudo o que vi”, lamentou.
Apesar de ter cultura preservada, doenças dos brancos já chegaram no Xingú
Segundo o cacique as doenças do homem branco já estão no Parque Indígena. Ele atentou para o fato de que antes a Funai (Fundação Nacional do Índio) disponibilizava médicos para atendimentos no Xingú e que agora o atendimento acabou. “A doença já está lá. A doença do câncer, tuberculose, coisas que não tinha antes”, explicou. Apesar da carência dos atendimentos, Faremá declarou que em casos mais graves uma aeronave fica a disposição para levá-los para Canarana (MT), que é a cidade mais próxima onde são examinados por uma equipe médica.
Índios do Xingú cursam universidade
Cacique Kalapalo, ladeado por Tatiana Ujacow e Sâmia Barbiere
Um número muito pequeno de índios do Xingú estuda o curso universitário hoje. A pesquisadora e artista plástica, Deusenid Félix, informou que os índios do Parque praticamente não saem, apenas os caciques, que viajam e voltam para contar o que viu aos demais. Mesmo assim, Faremá explicou que da aldeia dele, três pessoas fazem o curso universitário. “Tenho um sobrinho que faz universidade Federal em São Carlos, interior de São Paulo. É pouco que eu sei que estuda. Conheço três e a preferência deles é pela área de educação”, disse.


Fonte:
http://midiamax.com/noticias/795074-situacao+indigena+estado+causa+tristeza+profunda+cacique+kalapalo.html
 
Foto: Acervo Copai - Arlete Povh

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Concurso elege miss e mister indígenas de Mato Grosso do Sul

Ao todo, 14 candidatos participaram de desfile em Dourados, sul do estado.
Objetivos são valorização da cultura e trabalho com a autoestima dos índios.

 
Cleiton Rodrigues e Bárbara Marques conquistaram, na noite de quinta-feira (19), os títulos de Mister e Miss Indígena 2012, em Dourados, distante 225 quilômetros de Campo Grande. Esta foi a segunda edição do concurso, que é promovido por uma universidade particular da cidade. Ao todo participaram 14 candidatos que desfilaram com roupas sociais e trajes típicos da cultura indígena.
Segundo a pró-reitora de ensino e extensão da instituição organizadora, Terezinha Bazé, o concurso existe para valorizar a cultura e trabalhar a autoestima dos indígenas. “Todo programa é para valorizar a beleza, a diferença cultural, a estética e o modo de ser índio, que tem uma cultura específica que deve ser respeitada”, disse.
Para fazer a avaliação dos candidatos, os jurados consideraram os quesitos beleza, simpatia e tradição.

Vencedores Foi a primeira vez que homens puderam participar do concurso. Rodrigues é da etnia guarani e ficou feliz com a apresentação e com o título. “Todo mundo me recebeu com os braços abertos, tenho muito que agradecer mesmo”, disse o mister indígena.

Bárbara se emocionou ao receber a faixa de miss. “Com certeza é emocionante, é maravilhoso ver tantas pessoas que te amam, que estão torcendo por você. O título é para elas”, enfatizou a jovem.

Suzete Martins foi a primeira miss indígena e sabe da importância da experiência. “Esse concurso foi muito importante para mim, porque eu pude demonstrar um pouco do lado da beleza indígena, dos traços culturais. Além disso, mostrar que na nossa aldeia não tem só coisas ruins, mas também existem coisas boas e belas índias”, ressaltou Suzete.


Fonte:
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2012/04/concurso-elege-miss-e-mister-indigenas-de-mato-grosso-do-sul.html

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Copai participa da Audiência Pública sobre "Aspectos Psicossociais da Infância e Adolescência Indígena em MS

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul por intermédio do Deputado Estadual Pedro Kemp, por solicitação do Comitê Estadual de Defesa dos Povos Indígenas de MS, realiza neste momento (a partir das 13h30), a Audiência Pública sobre o tema: ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA INDÍGENA EM MATO GROSSO DO SUL. Participam membros da Copai, do Conselho Municipal Indígena de Campo Grande, Funai, antropólogos, médicos, entre outros.




Fonte: Arlete Povh - Copai

Copai participa do Seminário Indígena em Dourados

A presidente da Copai, Samia Reoges Jordy Barbieri participou como convidada e palestrante do VIII Seminário Indígena que aconteceu entre os dias 18 e 20 de abril de 2012, conforme programação que segue abaixo:
O VIII Seminário Indígena trará como tema o “Direito, Cultura e Identidade Indígena”. O início do evento será dia 18, às 10h, com a exposição “Comunicação popular entre jovens indígenas de Dourados: mobilização pela segurança alimentar e nutricional da comunidade”. As fotos e vídeos foram produzidos pelos jovens indígenas do Projeto Comunicação Social nas Aldeias de Dourados, uma realização da UNICEF com a UNIGRAN.

No período da tarde haverá oficinas para os participantes. A noite acontece a abertura oficial com apresentações culturais e o lançamento do CD e do livreto “Convenção 169 e suas resoluções”, um projeto de tradução difundido pela Organização Internacional de Trabalho (OIT), e executado pela UNIGRAN, como explica a pró-reitora de ensino e extensão Terezinha Bazé de Lima, “para realizar as traduções dos textos legais de defesa dos direitos indígenas abrimos um edital para indígenas interessados. As traduções foram feitas na língua Terena e Guarani Kaiowa. Agora essas traduções serão lançadas em áudio e livro”.

Todo o assunto discutido será com base a Convenção 169, documento que trata especificamente dos direitos dos povos indígenas. Para abordar o tema, o evento contará com a presença da representante da OIT, Thaís Fortuna. “A convenção 169 é uma carta que fala sobre o respeito a identidade e a cultura dos indígenas, até mesmo da questão do direito deles serem ouvidos. Temos que conhecer esse código que é de suma importância para que compreendamos que os povos indígenas têm suas especificidades e exige nosso olhar”, relata Bazé.

Na tarde do dia 19 serão apresentados trabalhos de pesquisas acadêmicas sobre questões indígenas. No período noturno a organização fará a entrega da certificação dos acadêmicos vencedores do Concurso Interno de Grafismo Indígena, no qual foram ilustradas as capas do livro e do CD das traduções.

Acontece também durante a noite o desfile dos finalistas do Miss e Mister Indígena 2012. Para encerrar o VIII Seminário Indígena, a UNIGRAN realiza no dia 20, a partir das 13h, uma Ação Social na Aldeia Bororó. A pró-reitora lembra que qualquer pessoa pode participar, “o seminário é aberto para toda a população”, e salienta, “os estudantes de Direito de todas as instituições devem participar, o tema favorecerá para o conhecimento”. (IO)


Terça-feira, 17 de Abril de 2012
Seminário Indígena acontece nos dias 18 e 19 na UNIGRAN

As inscrições para oficinas podem ser realizadas na pró-reitoria de extensão
Fonte:

Jornalista critica a falta de interesse da população nas questões indígenas

Ninguém lê reportagem sobre índio

Há muito tempo penso no que faz alguém odiar um povo inteiro e sair por aí reproduzindo discursos preconceituosos em um estado com uma das maiores populações indígenas do País. Se todo mundo na Europa gosta, porque aqui não?
Digo isso porque no jornalismo aprendemos na lida diária que falar de índio não vende jornal. Nem tragédias envolvendo essas comunidades são reportagens bem lidas por aqui.
E isso não é um chute, é constatação durante 3 anos administrando uma redação e olhando com atenção esse tipo de estatística, gerada minuto a minuto no jornalismo on-line.
Basta usar um título com a palavra índio ou indígena para seu material na internet ser um dos menos lidos no ranking de notícias do Google. "Índio de 2 anos morre atropelado na BR-163", manchete com um décimo das leituras de “Criança morre atropelada na BR-163”. Foram os leitores que deram a prova cabal: “índio não é gente”
A sorte no meu caso é que também aprendi a não acreditar cegamente no que dizem as estatísticas e sempre trabalhei em veículos que respeitam o que é noticia, não apenas o que é mais lido.
Como adolescente em Dourados, também passei bons anos ouvindo os “bugres” na porta de casa pedindo “pão velho”. Não, não é só poesia de Emanuel Marinho, é verdade. Eles pedem realmente pão velho.
Mesmo com a pouca idade, aquela frase para mim parecia algo sem lógica. Mas depois entendi que os homens e mulheres que apareciam no portão não se arriscavam a pedir coisa melhor porque nunca conseguiram de graça nada além de pão velho, então, se habituaram a tentar o que ninguém mais queria.
Mas foi roubando manga em dia de visita de escola à reserva indígena que levei o troco. Sem graça, catando ligeiro o que uma colega jogava lá de cima da mangueira, de repente vi uma menina guarani ao lado oferecendo uma sacola maior.
Sai de lá com “manga coquinho” suficiente para a turma inteira e me sentindo uma idiota por achar que alguém ali iria negar uma manga, talvez porque na minha casa todo mundo chamaria de ladrão uma pessoa que entrasse e pegasse algo sem pedir.
Cada um tem os seus motivos para defender uma bandeira, eu sempre descobri os meus dentro de uma aldeia. Uma dessas vezes foi em uma oca de mais de 10 metros de altura, em outra comunidade de Dourados.
Sob aquela arquitetura perfeita, uma família guarani sem dentes exibia o feito do dia com um largo sorriso: encontrar 8 frangos podres a beira de uma estrada.
O primeiro e principal motivo, nesse meu caso, foi a admiração pela capacidade desse povo ainda conseguir ensinar, apesar de ter tão pouco daquilo que as pessoas costumam prezar: o desnecessário.
Também já vi pai desesperado tentando diminuir a dor de dente de um filho aos berros em aldeia de Tacuru, retirando o que podia da cárie com palito de dentes. Assim como vi uma senhora tirando farpas dos pés marido como se fosse um ato de amor, assim como conheço a arquitetura desses povos e sei das contribuições que nunca foram tão atuais, como a sustentabilidade.
Já conheci índio bandido, índio cantor, índio risonho, índio vereador, índio professor, índio assassino, índio assassinado, índio pobre...até porque índio é gente e gente é assim, de tudo um pouco.
Nunca vi índio rico assim como a gente sonha em ser. Não aqui em Mato Grosso do Sul.
Na verdade, nunca nem sequer conheci um índio nas aldeias que quisesse ser rico. Tive a sorte de conviver com pessoas que têm a felicidade em um pedaço de terra, como uma senhora terena na Aldeia Limão Verde, em Aquidauana, que cega contava não ter mais nenhuma importância o enxergar, porque já tinha visto de tudo mesmo e agora só queria era aproveitar a paz do olhar para “pensar melhor”.
Nunca entendi como alguém sem ter pisado em uma aldeia ou participado de uma Aty Guassu (grande assembleia guarani) pode saber tudo sobre “índios fedorentos”, “oportunistas”, “manipulados” e “vagabundos”.
Nós últimos anos também foi difícil compreender tantos outros episódios. Nunca entendi como a morte de 2 crianças indígenas gêmeas em Campo Grande, no mesmo dia, na mesma hora, em um terminal de ônibus, em 2010, também não foi fato suficiente para gerar uma investigação.
Por anos guardei na gaveta um fax com as portarias da Funai que criaram em 2008 grupos de estudo para demarcação de terras na região sul do Estado, até as palavras sumirem do papel. Fico pensando na indignação de quem vê isso há gerações. Se a maioria não quer ler nada sobre os índios, imagine quem quer ouvir.
Tudo isso parece tão piegas quando eu mesmo releio os parágrafos anteriores... mas é só uma verdade, a que eu conheço e que senti vontade de dividir, como a menina guarani, dona do pé de manga.

(*) Ângela Kempfer é jornalista e editora do Lado B

Fonte:

Comissão acompanha investigação sobre racismo na internet


O grupo foi alvo de diversos comentários racistas no Facebook

A Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB/MS acompanha a investigação do MPF (Ministério Público Federal) a respeito de possível crime de racismo contra um grupo de música indígena no Facebook. A estudante Lizzi Donizette, de Dourados, teria feito diversos comentários racistas direcionados ao grupo Brô MC's, por conta da participação deles em programa da Rede Globo. Nos comentários, a jovem chama os músicos da aldeia Jaguapiru Bororó, em Dourados, de "fedorentos" e "lixo".
"Liberdade não pode ser maior que dignidade. As ofensas foram publicadas e, mesmo ela tomando a atitude de se retratar, vai sofrer as penalidades da lei", explicou a presidente da comissão, Sámia Roges Jordy Barbieri.

A mensagem ofensiva foi publicada no sábado, enquanto o grupo se apresentava no programa TV Xuxa. A princípio Lizzi alegou que sua conta teria sido invadida, mas ontem postou nova mensagem se retratando e assumindo a responsabilidade de seus atos.

Ela responderá pelo crime de racismo por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação, com pena de dois a cinco anos de reclusão e multa.


Fonte:

17 de abril de 2012 • 12h37 • atualizado às 13h16

Criança indígena é tema de livro e ciclo de debates na Capital

A presidente da Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB/MS, Sámia Roges Jordy Barbieri, participa do 1° Ciclo de Debates "Criança Indígena e seus Direitos Fundamentais" promovido pelo MPE e Editora Alvorada, nos dias 19 e 20 de abril, em alusão ao Dia do Índio. Na ocasião será lançado o livro "Criança Indígena: Um Olhar Multidisciplinar", coordenado por Ariadne de Fátima Cantú e de co-autoria da advogada Sámia. O evento será realizado no Palácio Popular da Cultura, Parque dos Poderes.
A obra reúne relatos e estudos de profissionais de diversas áreas do conhecimento sobre questões relacionadas a criança indígena. "É um trabalho rico em conhecimento e de fundamental importância", comentou a presidente da Comissão.
A abertura acontece na quinta-feira, às 19h30. No dia 20, o ciclo de debates, das 8h às 16h30, conta com a presença de autoridades, procuradores de justiça, promotores de Justiça, antropólogos, lideranças indígenas, médicos, psicólogos, desembargadores, juízes de direito, conselheiros tutelares, procuradores do estado e do município, coordenadores da FUNAI e acadêmicos de direito.



Fonte:

17 de abril de 2012 • 13h27 •

segunda-feira, 16 de abril de 2012

MPF apura suposto racismo contra grupo indígena de rap no Facebook

Discriminação acontece em plena Semana do Índio. MS tem a 2ª maior população indígena do país.
MPF apura suposto racismo contra grupo indígena de rap no Facebook
Reprodução TV Globo
O Ministério Público Federal em Dourados investiga a ocorrência do crime de racismo contra um grupo indígena de rap no site de relacionamentos Facebook. O grupo Brô MC's participou no último sábado (14) do programa TV Xuxa, da rede Globo. A representação encaminhada ao MPF reproduz a página do site, onde é possível ler comentários depreciativos sobre os indígenas. Como um em que a autora classifica a apresentação do grupo como um “lixo”, chama os músicos de "índios fedorentos" e utiliza palavras de baixo calão.

O MPF vai requisitar informações ao site para verificar a veracidade das mensagens. Se forem verídicas, poderá ser instaurado inquérito e posterior processo penal pelo crime de racismo, previsto pelo artigo 20 da Lei 7.716/89. A pena prevista para esse crime é de um a três anos de reclusão. Quando o crime é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza, a pena passa a ser de dois a cinco anos de prisão e multa.
A autora das mensagens e as pessoas que as reproduziram também poderão ser chamadas a depor e, em tese, responderão a ação penal por racismo.
Brô MC's
Formado por quatro jovens da aldeia Jaguapiru Bororó em Dourados - sul de Mato Grosso do Sul - o Brô MC's é o primeiro grupo indígena de rap do Brasil. Com letras cantadas em guarani, as músicas falam do cotidiano dos índios, do preconceito e da falta de visibilidade na sociedade. Os integrantes utilizam o rap como uma forma de protesto, além de ajudar a manter a cultura indígena viva. O grupo já se apresentou na posse da presidente Dilma Roussef e abriu um show de Milton Nascimento.


abriu um show de Milton Nascimento.
bros na xuxa
bros na xuxa 2

Precedente em Dourados
Em 2011, outro crime de racismo levou o Ministério Público Federal a denunciar o advogado e articulista Isaac Duarte de Barros Júnior pelo crime de racismo contra etnia indígena. Isaac foi condenado a dois anos de prisão, em uma sentença rara no país.
Na sentença, o juiz afirmou que a liberdade de expressão não é uma garantia absoluta. “A dignidade da pessoa humana, base do estado democrático de direito, prevalece sobre qualquer manifestação de pensamento que incite ao preconceito ou à discriminação racial, étnica e cultural”

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul
(67) 3312-7265 / 9297-1903
(67) 3312-7283 / 9142-3976
www.prms.mpf.gov.br
ascom@prms.mpf.gov.br




Fonte: http://www.prms.mpf.gov.br/servicos/sala-de-imprensa/noticias/2012/04/mpf-apura-suposto-racismo-contra-grupo-indigena-de-rap-no-facebook
Vídeo da II Semana do Índio da Copai/OAB/MS

http://www.youtube.com/watch?v=ypnwgDVhddo

quarta-feira, 11 de abril de 2012

UnB oferece 11 vagas para estudantes indígenas

As inscrições poderão ser feitas entre os dias 9 de abril e 18 de maio no site do Cespe/UnB
A Universidade de Brasília (UnB) abriu 11 vagas para o vestibular destinado a estudantes indígenas nos cursos de Agronomia, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Enfermagem, Engenharia Florestal, Medicina e Nutrição. A seleção é resultado do convênio firmado em 2004 entre a Instituição e a Fundação Nacional do Índio (Funai).
O processo seletivo é restrito a candidatos indígenas que tenham cursado, ou estejam cursando, o ensino médio em escolas da rede pública ou da rede particular, desde que por meio de bolsa de estudos integral. As inscrições podem ser feitas entre os dias 9 de abril e 18 de maio no endereço eletrônico www.cespe.unb.br/vestibular/vestunb_12_1_2_funai. É imprescindível que o candidato possua CPF para realização da inscrição.
A avaliação dos candidatos será por meio de provas objetivas e de redação em Língua Portuguesa, além de análise da documentação requerida no comunicado de abertura do processo e entrevista. No momento da inscrição, o candidato deverá optar pelo polo regional para realização das provas, dentre as cidades de Cruzeiro do Sul/AC, Oiapoque/AP, Porto Velho/RO e Tabatinga/AM.
Os inscritos farão provas objetivas e de redação em Língua Portuguesa na data provável de 16 de junho. Serão cobrados conhecimentos nas seguintes disciplinas: Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Geografia, História, Química e Física. A entrega da documentação também será na data provável de 16 de junho e a entrevista, nas datas prováveis de 17 e 18 de junho.
SERVIÇO
Processo Seletivo Funai/UnB 2012
Vagas:
11
Cursos: Agronomia, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Enfermagem, Engenharia Florestal, Medicina e Nutrição
Inscrições: 9 de abril a 18 de maio de 2012
Provas objetivas e de redação: 16 de junho
CONTATOOutras informações no site www.cespe.unb.br/vestibular/vestunb_12_1_2_funai ou na Central de Atendimento do Cespe/UnB, de segunda a sexta, das 8h às 19h – Campus Universitário Darcy Ribeiro, Sede do Cespe/UnB – telefone (61) 3448-0100.


Fonte:
05/04/2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

Reunião da Copai - dia 29 de março de 2012

A Copai realizou nesta última quinta-feira, 20 de março de 2012, as 17 horas, mais uma reunião em sua seccional da OAB/MS, para tratar de diversos assuntos, entre eles, a PEC 215/2000, que trata da competência exclusiva do Congresso Nacional na aprovação da demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Foram analisados também dispositivos sobre a III Semana Semana do Índio da Copai, que este ano acontecerá no Museu das Culturas Dom Bosco, no Parque das Nações Indígenas de Campo Grande, MS, entre os dias 26 e 28 de abril de 2012. Foi abordado também a importância do Tribunal Popular da Terra que aconteceu dias seguintes a reunião, além da leitura da carta escrita pelo indígena Joel Pires sobre a violência e a discriminação contra os povos indígenas.
Da Copai estiveram presentes na reunião, Samia Barbieri, Wilson Capistrano, Adriana Rocha, Mario Morandi, Tatiana Azambuja e Arlete Povh. Fizeram parte também, dois convidados índigenas Joel Pires, supra citado, e sua esposa Vilma Rocha, ambos da etnia Kadwéu, e ainda, a Drª Neila Ferreira e Cleia Montezano.







Fonte e fotos: Arlete Povh - Copai